Low-Code vs Desenvolvimento Tradicional: Análise de Custo-Benefício para CIOs

É um mundo cada vez mais digital, e as empresas se esforçam para permanecer tão ágeis e competitivas quanto possível. Mas para fazer isso, antes de tudo, elas precisam otimizar seus recursos para implementar soluções mais rapidamente. E como a velocidade é essencial em todos os processos de desenvolvimento de software hoje em dia, as organizações estão correndo para responder à demanda por desenvolvimento de software mais rápido. O que as deixa com duas opções: low-code vs desenvolvimento tradicional.

Para escolher entre esses dois, CTOs, CIOs, líderes de equipes de desenvolvimento e outros executivos de alto nível devem considerar várias compensações, como velocidade, custo, agilidade empresarial, etc. Mas não é nenhuma surpresa que, com todas as vantagens que o low code oferece, ele tenha ganhado força significativa. Estatísticas de low-code da Gartner mostram até que "até 2025, 70% dos novos aplicativos desenvolvidos por organizações usarão tecnologias de low-code ou no-code, ante menos de 25% em 2020". E, ainda assim, a decisão deve ser apoiada por considerações financeiras e estratégicas práticas.

É por isso que descreverei as principais diferenças entre o desenvolvimento low-code e o tradicional, vários casos de uso e outros fatores a serem considerados ao determinar a melhor abordagem para o seu negócio.

Comparação entre desenvolvimento de baixo código e desenvolvimento tradicional

De acordo com o CIO’s Guide to Prioritizing, Driving and Scaling Innovation da Gartner, “inovações bem-sucedidas se alinham com os objetivos do negócio, atendem às demandas do mercado, garantem a escalabilidade, mantêm a viabilidade financeira e aderem aos padrões legais, promovendo o crescimento sustentável. Os CIOs, com seu papel na supervisão do uso e desenvolvimento da tecnologia, ocupam uma posição única entre os CxOs para impulsionar e escalar a inovação, particularmente em uma era em que a tecnologia impulsiona a maioria das inovações.” É por isso que você deve entender as diferenças entre usar uma plataforma low-code versus o desenvolvimento tradicional.

Casos de uso de desenvolvimento de baixo código

Embora existam similaridades entre desenvolvimento low-code e tradicional, elas continuam sendo duas abordagens distintas com diferenças em termos de quando e por que são implementadas. Ferramentas como App Builder são ótimas para:

Alocação de recursos e automação de processos de negócios

Em uma das pesquisas mais recentes da Reveal, os resultados indicam que “mais de um terço (40%) dos profissionais da indústria de software estão enfrentando demandas crescentes dos clientes e 39% estão trabalhando com recursos limitados (falta de orçamento, incapacidade de manter o software).” Portanto, lidar com restrições de recursos e escassez de desenvolvedores é crucial para empresas que desejam inovar. As equipes de desenvolvimento frequentemente gerenciam vários projetos ou tarefas simultaneamente, levando à alocação ineficiente de recursos, prazos perdidos, comprometimentos na qualidade do aplicativo e aumento de despesas.

A Business of Apps, por exemplo, estima que desenvolver um aplicativo simples com uma IU básica e recursos gerais custa entre US$ 5.000 e US$ 50.000, com um cronograma de desenvolvimento de dois a quatro meses. Para aplicativos de média complexidade, o custo varia de US$ 50.000 a US$ 120.000, e o desenvolvimento pode levar até seis meses. Por outro lado, projetos de aplicativos complexos podem exigir de nove meses a um ano para serem concluídos, com US$ 100.000 a US$ 133.000 em despesas.

No entanto, ferramentas de low-code podem ser a solução ideal quando os CIOs querem otimizar a capacidade de uma equipe, a dinâmica de negócios e os custos. O estudo Total Economic Impact (TEI) conduzido pela Forrester aponta que as organizações podem economizar até 70% em custos de desenvolvimento em comparação aos métodos de desenvolvimento tradicionais. Isso só prova que o low-code elimina tarefas demoradas, caras e repetitivas e permite que desenvolvedores cidadãos e programadores menos experientes criem UX simples, construam MVPs (Minimum Viable Products) ou automatizem processos específicos como aprovações ou fluxos de trabalho.

Acompanhando as tendências do mercado e eliminando a dívida tecnológica

Há uma necessidade constante de inovar e melhorar os processos de negócios para permanecer competitivo. Portanto, as organizações devem responder e se adaptar às mudanças de negócios e mercado e fornecer às equipes as ferramentas certas. Além disso, escalar aplicativos sem ferramentas de low-code pode acumular dívida técnica, como código mal estruturado, dependências desatualizadas e soluções alternativas não documentadas. A dívida técnica dificulta a escalabilidade, a manutenibilidade e a extensibilidade de longo prazo, pois os executivos devem dedicar tempo e esforço para lidar com as despesas gerais acumuladas e evitar problemas futuros.

Plataformas de low-code, então, são ótimas para prototipagem rápida, desenvolvimento e implantação de aplicativos, permitindo que os usuários iterem ideias e respondam às demandas do mercado rapidamente. Ao simplificar o processo de desenvolvimento e reduzir o tempo de lançamento no mercado, as plataformas de low-code na verdade facilitam a agilidade e a capacidade de resposta às necessidades de mercado em constante mudança.

Modernização e integração de sistemas legados

A modernização de sistemas legados é um desafio significativo para muitas empresas, especialmente à medida que a tecnologia evolui e os negócios precisam mudar. Organizações que buscam modernizar sistemas legados, então, podem usar plataformas de baixo código para integrar sistemas mais antigos com tecnologias mais novas porque elas oferecem conectores e APIs integrados que facilitam o processo.

Aplicativos que podem ser criados mais rápido e com menos recursos

Plataformas de baixo código são ideais para criar layouts de tela de interface do usuário, ferramentas internas como portais de funcionários, sistemas de RH, ferramentas de gerenciamento de projetos, sistemas de CRM ou criar aplicativos voltados para o cliente, como portais de clientes, painéis de autoatendimento e formulários da web.

Casos de uso de desenvolvimento tradicional

Quando se trata de desenvolvimento tradicional, ele é mais adequado em áreas onde a complexidade e a personalização são essenciais e o orçamento não é um problema.

Experiência em desenvolvimento personalizado e projetos de longo prazo em seu núcleo

O desenvolvimento tradicional é necessário quando seu negócio e projetos precisam de expertise em codificação altamente especializada. Ele garante controle total sobre a pilha de tecnologia, otimização de desempenho e conformidade com a lógica de negócios e necessidades específicas. Não há limites para a flexibilidade de recursos.

Inovação de ponta e ampla personalização

O desenvolvimento tradicional pode ser a melhor opção ao procurar uma vantagem competitiva estratégica. Ele oferece personalização profunda e altos níveis de flexibilidade que plataformas de low-code podem não ser capazes de igualar. Otimizado para cargas pesadas de dados e funcionalidades complexas, o desenvolvimento tradicional permite que as organizações criem soluções altamente personalizadas que atendam aos requisitos de negócios e integração.

Alinhando metas de longo prazo e melhoria contínua

O desenvolvimento tradicional pode ser necessário para sistemas centrais que devem se alinhar com objetivos de longo prazo e cumprir com princípios de engenharia e requisitos regulatórios. E com o profundo conhecimento de frameworks, ele pode facilmente dar suporte a projetos que exploram novas oportunidades e não conhecem limites em termos de funcionalidades e UX, já que os desenvolvedores têm controle total sobre o código.

Aplicativos que podem ser criados com a complexidade em mente

A codificação tradicional é mais adequada para criar aplicativos de grande escala e de missão crítica, como CRMs e sistemas financeiros, aplicativos bancários essenciais, plataformas de varejo, ERPs e outros onde desempenho, escalabilidade e capacidade de lidar com tráfego massivo são essenciais.

Como combinar Low Code com desenvolvimento tradicional

Nem sempre é low-code versus desenvolvimento tradicional. Algumas empresas optam por um modelo de desenvolvimento híbrido, usando plataformas low-code como App Builder e desenvolvimento tradicional. Estabelecer essa abordagem permite que elas equilibrem velocidade, flexibilidade, despesas e expertise humana.

No melhor cenário, os CIOs podem aproveitar o low code para:

• Aumente a produtividade das equipes
• Capacitar desenvolvedores cidadãos e desenvolvedores menos experientes
• Crie aplicativos, formulários, painéis e interfaces personalizadas mais simples rapidamente
• Automatize tarefas repetitivas

Enquanto isso, o desenvolvimento tradicional pode ser aplicado a:

• Integrações de back-end mais complexas e lógica de negócios personalizada
• Módulos de missão crítica
• Aplicações que exigem escalabilidade avançada
• Funcionalidades prontas para uso

É uma situação vantajosa para todos.

Qual abordagem é a certa para o seu negócio?

Para ajudar você a determinar qual escolher entre desenvolvimento low-code e tradicional, considere os seguintes fatores e perguntas:

Complexidade do Projeto

Quais funcionalidades e integrações o projeto requer? Quão complexo é o aplicativo? É necessário ter codificação do zero ou os modelos existentes podem se adaptar às necessidades? Espera-se que o aplicativo seja escalável? Haverá atualizações frequentes?

Orçamento e Recursos

Qual é o orçamento para o projeto? Você estimou os custos adicionais esperados para manutenção, atualizações planejadas, etc.? Quantos desenvolvedores você precisa? Os custos podem ser reduzidos por meio de prototipagem rápida ou automação de tarefas repetitivas?

Experiência da equipe

Qual é a expertise técnica atual da equipe de desenvolvimento? As habilidades dela são suficientes para construir o projeto? Os recursos da sua equipe precisam ser otimizados? Quanto treinamento a equipe precisará se você optar por low code? Você precisa de monitoramento detalhado e controle total dos processos de design para código?

Conclusão e principais conclusões do artigo

Se há uma coisa que as empresas estão fazendo hoje, é lutar contra a pressão para inovar mais rápido com práticas de baixo custo. Atingir esses objetivos depende em grande parte da escolha que as empresas fazem – se confiam em low-code ou desenvolvimento tradicional. Cada abordagem oferece vantagens distintas, e entender seus melhores casos de uso é essencial para tomar a decisão certa.

• Para CIOs, CTOs e outros executivos, o custo-benefício do desenvolvimento de baixo código fica claro quando os principais objetivos de negócios são velocidade, agilidade e eficiência de custos.
• O desenvolvimento tradicional é mais adequado como uma opção para aplicações complexas ou altamente personalizadas.
• Um aplicativo básico pode custar de US$ 5.000 a US$ 50.000 e levar de dois a quatro meses para ser desenvolvido.
• Aplicativos de média complexidade custam entre US$ 50.000 e US$ 120.000, e o desenvolvimento pode levar até seis meses.
• Projetos de aplicativos complexos podem levar de nove meses a um ano para serem concluídos, com custos variando entre US$ 100.000 e US$ 133.000.
• Capacidade de aproveitar o low code para lidar com tarefas repetitivas e rotineiras, liberando tempo para trabalhar nas partes mais personalizáveis do aplicativo.